Necessidade de investimento em CT&I para neoindustrialização é pauta de secretários estaduais em Brasília
O secretário de Estado Ciência, Tecnologia e Inovação, Marcelo Fett esteve em Brasília na reunião extraordinária do Conselho Nacional dos Secretários de CTI promovido pela Comissão de CTI da Câmara dos Deputados. Durante sua fala, Fett fez uma defesa contundente sobre a importância do investimento em tecnologia e inovação para a estratégia de neoindustrialização e o contrassenso trazido pela Reforma Tributária em tramitação: “A neoindustrialização está umbilicalmente ligado ao investimento em inovação do país. E não é razoável penalizar tão fortemente o setor de tecnologia como o que foi feito pelo texto da reforma tributária sob pena de vermos fracassar todo um esforço de governo e do setor produtivo na direção de mudança do eixo econômico: de uma economia intensiva apensas em capital e mão de obra para uma economia intensiva em conhecimento e inovação”.
A tarde, no Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, com a Ministra Luciana Santos, Fett a convite do Conselho se Secretários Estaduais de CTI, defendeu a importância do investimento em tecnologia e inovação para a estratégia de neoindustrialização e de transformação digital do país a resultar em aumento da produtividade e da competitividade.
Fett também colocou em pauta os impactos da Reforma Tributária, que deve ir a votação no Senado Federal no início de novembro. “Realizamos mobilização dos empresários do setor junto aos congressistas e agora estamos acompanhando o andamento da proposta, defendendo uma alíquota diferenciada para não trazer prejuízos ao setor de tecnologia e inovação. Não podemos ver fracassar todo um esforço de governo e do setor produtivo na direção de mudança de uma nova economia que agrega muito valor a nossa pauta econômica. Em Santa Catarina este setor representa 6% do PIB, são 22 mil empresas que empregam mais de 80 mil pessoas”, destaca Fett.
O secretário catarinense defendeu também a descentralização dos recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – FNDCT para SCTis hoje totalmente sob gestão do Governo Federal. “Inovação se faz basicamente com pessoas, conectividade e dinheiro. E não há como garantir que os recursos atendam às demandas e as realidades econômicas das diferentes regiões do país a partir de Brasília”, destacou. Pela proposta apresentada até 10% dos recursos do fundo poderia ser descentralizado direto para as Secretarias Estaduais de CTI.