LabIC Novale é tema de tese de doutorado apresentada na Holanda
Um dos primeiros laboratórios de inovação social de Santa Catarina, o Laboratório de Inovação Cidadã do Novale Hub (LabIC Novale) está oficialmente registrado como tese de doutorado, apresentada pelo pesquisador Diego Flórez Ayala, da Universidade do Vale do Itajaí (Univali) no último mês de março, na Universidade Técnica de Delft, nos Países Baixos.
Com o título “Urban Living Labs: Sustainability Transitions in City-Systems Innovation from the Circular Economy Perspective” (“Transições de Sustentabilidade na Inovação de Sistemas Urbanos sob a Perspectiva da Economia Circular”, na tradução livre), o artigo fala sobre como Jaraguá do Sul apresenta características distintas com relação a outras cidades que também possuem laboratórios como o LabIC. “(o Laboratório) desenvolve uma imersão geográfica em Jaraguá do Sul significativa, conta com uma rede de cooperação entre diversas instituições e busca promover uma mudança cultural para impulsionar as transformações urbanas sustentáveis”, afirmou o pesquisador.
O trabalho foi apresentado na 17ª AESOP Young Academics Conference, em Antuérpia, na Bélgica. Neste mês de junho, o estudo será apresentado na Eu-SPRI Conference 2023 em Sussex, Reino Unido. “O interesse dos pesquisadores europeus é imenso, especialmente nas redes que investigam desafios e oportunidades de transições sustentáveis nos países do sul global”, reforçou Ayala.
Laryssa Tarachucky, coordenadora do LabIC Novale, relembrou que o próprio projeto saiu da sua tese de doutorado, no qual ela estudou formas de usar o design e tecnologias de informação e comunicação para melhorar a vida urbana. “A tese escrita pelo Diego comprova que o LabIC se tornou relevante a esse ponto. Uma coisa seria eu publicasse, como pesquisadora. Quando outra pessoa, de fora, faz esse olhar, traz ainda mais relevância para o trabalho”, completou.
O CEO do Novale Hub, Nelson Netto, destaca ainda que a viabilização do LabIC é fundamental para que a inovação chegue às mais diversas camadas sociais. “Quando falamos de empreendedorismo e de processos inovadores, não podemos só contemplar a tecnologia, como nos acostumamos a ver. É preciso também pensar em inclusão – e nesse contexto o nosso LabIC cumpre muito bem seu papel”, disse.